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Nos dias que antecedem a passagem de ano, e mesmo depois dela, é muito comum ouvirmos e dizermos palavras que expressam o desejo de que o próximo ano seja muito feliz para todos. Se nosso mundo dependesse dessas palavras chegaríamos até a atingir o nirvana. Todos concordam que as ideias generosas, a fraternidade, a boa-vontade entre as pessoas deveriam sempre reinar em nossas vidas. De fato, em palavras somos todos santos, mas na prática nem sempre é assim.
Recorro à Bíblia naquela passagem em que um doutor da lei perguntou a Jesus qual era o maior mandamento. E Jesus contou-lhe a história do caminhante assaltado e ferido por ladrões. Várias pessoas passaram pelo local, mas só um publicano, isto é, um fora da lei, quase marginal, parou e levou o ferido para uma estalagem, mandou que o tratassem, pagou as despesas todas e desapareceu. Esse caso, narrado por Jesus e que chega a ser patético e chocante, acontece todos os dias e todos nós conseguimos em geral boas desculpas para não socorrer nosso próximo: estou com pressa, isso compete às autoridades resolver, não tenho tempo, estou atrasado e por aí vai...
Concluindo, nossa caridade, boa vontade para com o outro não devem apenas durar quando da passagem do ano. A caridade tem lugar em todo tempo, toda parte e ocasião. Quantas vezes temos, dentro de nosso próprio lar a oportunidade para sermos mais gentis, mais alegres, mais cooperativos? E em muitas vezes não o somos. Toda nossa vida deve se resumir no mandamento do Amor. O resto é acidente, passagem. O principal é amar, com palavras e atitudes.
Que em 2019 sejamos mais próximos de nossos irmãos, mais dedicados ao bem de todos. Saibamos nos espelhar no Mestre dos Mestres que, há uma semana apenas, lembrou-nos a que viemos e para onde iremos. Um ótimo e proveitoso Ano Novo para você!...