Esperei a poeira baixar, a frustração diminuir, os ânimos se acalmarem, o presidente Assato se explicar, para então abordar a infeliz campanha que levou o Clube Atlético Linense ao descenso. Foi uma sequência de insucessos que levaram rapidamente o torcedor do céu ao inferno. Em apenas dois anos incompletos vimos o Elefante da Noroeste cair da Primeira para Segunda e desta para a Terceira Divisão do futebol paulista, onde infelizmente hoje se encontra. Nesse tempo, também foi frustrado o acesso à série C do Brasileirão, ao perdermos bisonhamente a partida que seria o último entrave para essa conquista. É muito azar, não é? Seria a atual Diretoria incompetente ou autêntico pé frio?

            Creio que tudo aconteceu por ela ter escolhido uma estratégia equivocada onde foi dada maior ênfase à estrutura do Clube (CT, gramado tratado, vestiários modernos e funcionais, construção da ampliação da arquibancada, pagamentos em dia aos atletas, relacionamento amistoso com a Federação, etc.) e se esqueceram do principal: montar uma equipe realmente eficiente e competitiva. O elenco deste ano, em sua maioria oriundo da séries C do Brasileirão, foi ineficiente e pífio. A Diretoria agiu como aqueles que preparam um casamento nos mínimos detalhes, mas se esquecem de cuidar dos noivos. Foi tudo consequência de uma estratégia equivocada e infeliz.

E agora, como ficamos? Devemos desistir e deixar de lado o futebol? O Elefante morreu? Claro que não. Vivendo e aprendendo! Que a dura lição leve a atual diretoria e a que a sucederá ao final do ano a melhor planejar, a ser mais pragmática e eficaz, promovendo o restabelecimento de nosso respeitado passado de glórias.

O futebol, como todas as conquistas do homem, é cíclico. A História da humanidade está cheia de fatos que comprovam que não existe a glória e a conquista para sempre. A elas se sucedem a queda e o declínio para então surgir o recomeço. Recomeçar é preciso, desistir jamais. Avante Linense, avante!...