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Vivemos dias conturbados no cenário político nacional e mesmo local e regional. Em Brasília, os ataques visando arranhar a imagem até então ilibada do ex-juiz Moro e com isso colocar em dúvida sua imparcialidade no julgamento de Lula. Em Lins, o prefeito Edgar amargando a decisão do TRE que lhe negou seguimento aos recursos por ele impetrados no intuito de se livrar de uma eventual cassação. Também em nossa cidade, a vereadora Fátima Domingues está se defendendo de um inquérito policial solicitado pela Promotoria Pública. Em Guaiçara, o prefeito Vadinho às voltas com sua cassação (ainda não foi citado) e o vereador Mirabel teve seu mandato cassado em consequência da compra de votos nas últimas eleições.
É natural que, em tais circunstâncias, a população se mostre surpresa. É quando as mais diversas versões para os fatos ganham especial dimensão notadamente nas redes sociais. Rolam as injúrias, as descortesias, as ironias, motivadas pela paixão política ou anda pela maledicência latente no ser humano. A dúvida sobre a veracidade ou não dos fatos se faz presente levando muitos à decepção e a formar um juízo errôneo sobre os envolvidos. O que fazer então? Qual o caminho a ser seguido? Qual atitude mais ponderada deveríamos tomar frente a esses fatos? Meter o pau, criticar os envolvidos aos quatro cantos concluindo que ¨político é assim mesmo, todos são malandros e corruptos?
Devagar com o andor que o santo é de barro, diz o bom senso. Aguardemos a decisão da justiça. Mesmo os envolvidos sendo condenados, com que moral podemos apontar-lhes o dedo se, como eles, também temos nossas fraquezas humanas? Quem, no dia a dia, já não cometeu um erro o mesmo uma injustiça?
Somos um misto de luz e sombra, de bem e de mal. Julgar inopitadamente é temerário e muitas vezes incoerente e injusto. Pensemos bem antes de expressar nossa opinião sobre os atos de alguém. Tenhamos sempre em mente o velho ditado popular, eivado de sabedoria: ¨não cuspa para cima, pois poderá cair em sua testa. ¨
cilmarmachado@yahoo.com.br