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O Prefeito assinou o Decreto 11810, em 28 de junho deste ano, que garante em todo o município o uso dos banheiros públicos às pessoas de acordo com sua identidade de gênero, ou seja, todas as pessoas trans, que se sintam e se vejam como mulher, deverão usar o banheiro feminino e as que se sintam como homens, o banheiro masculino. Edgar afirma que já existe lei maior determinando isso como forma de proteção aos indivíduos trans.
Nada a opor quanto a proteção às chamadas minorias, mas numa sociedade tradicionalista como o é a de qualquer cidade do interior - e Lins não é nenhuma exceção quanto a isso - é natural que haja uma grita geral e até mesmo rejeição ao citado decreto de Edgar. O que pensam os linenses sobre isso?
Fomos às ruas colher as mais diversas opiniões. Um pai, revoltado, questionou sobre a insegurança e mesmo temor que tal medida trará às suas filhas de 14 e 16 anos, que frequentam um Clube da cidade praticando esportes e que, consequentemente, se utilizam do sanitário feminino. ¨Ninguém tem estrela na testa o identificando com trans. Como se vai saber das reais intenções de um suposto e mesmo real trans que adentre ao banheiro feminino? Já imaginou nossas filhas e esposas lá dentro e de repente entra um desiquilibrado social ou tarado, alegando ser trans, mas com más intenções? O prefeito alega que casos como esse são para a polícia resolver, no entanto, até ela chegar muito mal poderá ser praticado¨.
Outro cidadão chega mesmo a alegar intenções políticas do prefeito visando a simpatia e o voto da comunidade gay, da qual declaradamente ele faz parte. Mais ponderado, alguém me disse: ¨Numa sociedade civilizada é preciso o respeito às minorias, mas ela também precisa respeitar o que pensa e sente a maioria. Eu respeito, mas exijo também ser respeitado!¨, concluiu o cidadão. Revoltado e extremamente nervoso, um cidadão perguntou-me: ¨Mas o que fazem nossos vereadores que desde a emissão do decreto do executivo não tomaram uma posição sobre o assunto? É bem verdade que a medida foi assinada por Edgar na última semana de junho, exatamente a que antecedeu o início do recesso da Câmara. Vamos ver se, no regresso às atividades, nossos vereadores se manifestam a respeito disso!¨
O assunto é polêmico e o prefeito se vê escudado em lei federal, mas isso não proíbe ampla discussão e tomada de posição pela sociedade local. Vamos aguardar que atitude nossos vereadores tomarão quando do retorno do recesso. Da discussão nasce a luz! ...
cilmarmachado@yahoo.com.br