publicidade

Geral

‘Só a rede pode mudar o futuro das nossas crianças e adolescentes’, diz desembargador

no dia 03 de dezembro de 2019 às 15:57
Atualizada em 03 de dezembro de 2019 às 16:02
- Desembargador Reinaldo Cintra falou sobre o trabalho em rede como uma estratégia essencial para a consolidação do ECA (foto: Emerson Secco)

O CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Lins) promoveu na quinta-feira, na Câmara, a cerimônia de assinatura do protocolo e termo de compromisso com a Rede Proteger. Foi a 10ª reunião e a conclusão do trabalho realizado ao longo do ano. O CMDCA contratou a Unilins por R$ 86 mil para assessorar e desenvolver o projeto.

A professora Elizabete Rosa fez a apresentação da dinâmica da Rede Proteger -- fluxo, acolhimento institucional e atendimento de crianças de adolescentes vítimas de violência. O desembargador Reinaldo Cintra ministrou palestra sobre o tema “O trabalho em rede como uma estratégia essencial para a consolidação do ECA”.

“Pessoalmente, eu acredito que só a Rede pode mudar o futuro das nossas crianças e adolescentes. É preciso que a comunidade linense e dos outros municípios entenda que também é responsabilidade dela atender e propiciar futuro para as crianças e adolescentes, seja no atendimento, no serviço, nas atividades lúdicas de crescimento. É preciso planejar o futuro e não fazer o apagar do fogo, o resolver aquilo que tem agora, mas sim planejar o futuro para que elas possam se desenvolver da melhor forma possível”, disse na entrevista ao Debate.

O desembargador concordou que também é preciso um olhar do estado para a família do adolescente. “É um problema complexo, mas eu acredito que se nós conseguirmos cuidar minimamente desse adolescente que fez alguma coisa errada, dispender um pouco de tempo e verba para atender à sua família, quem sabe, quando esse menino voltar para casa, ela vai ter condições de cuidar dele para que não volte a delinquir. Aí você quebra o circulo vicioso. O que nós estamos fazendo, infelizmente, é que a gente está cuidando do adolescente, mas se esquece da família e a família precisa ser cuidada, quem tem que cuidar primordialmente dos filhos são os pais. Aí é política pública de sustentação, emprego, transferência de renda, habitação, são políticas mais pesadas. Não adianta a gente esquecer os pais. Esse menino vai voltar para casa dele e é preciso que a casa esteja em condições de acolhê-lo para que ele tenha uma perspectiva diferente da criminalidade”, disse.

Edson Gabriel, presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, destacou que a Rede traz uma nova dinâmica para o município no que se refere aos jovens. “A política de proteção vem sendo fortalecida com a criação do fluxo e protocolo de atendimento de violência e acolhimento institucional”, enfatizou.

© Copyright 2024 - Jornal Debate