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Brasil mantém posição no IDH, atrás de Chile, Argentina e Uruguai

no dia 09 de dezembro de 2019 às 20:50
- País ocupa a 79ª posição em nível mundial, entre 189 países

De acordo com o Relatório de Desenvolvimento Humano de 2019, que mede o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), em 2019 o Brasil teve sucesso no controle de certas desigualdades (expectativa de vida e renda média), mas será confrontado por novos desafios, informa reportagem da Agência Brasil. O país se manteve na 79ª posição global - mesmo ranking de 2018 -, empatado com a Colômbia. Na América Latina, ocupa a 4ª posição, atrás do Chile, Argentina e Uruguai. O crescimento no índice foi de 0,001 ponto em relação ao ano anterior. “O índice é relativo e sofre alterações também dos outros países, que podem subir ou descer. O importante é notar a evolução. A nota que dou é positiva. O Brasil continua a fazer progresso, apesar da economia ter sido pior que o esperado. O crescimento do Brasil é sólido, positivo e sustentado”, afirmou o diretor de Desenvolvimento Humano da ONU, Pedro Conceição.

Considerado um país de Alto Desenvolvimento Humano, o Brasil tem tido sucesso na melhora da expectativa de vida e no aumento da renda média per capita ao ano. O aumento do IDH tem sido constante nas últimas três décadas. De 1990 a 2018, o país cresceu 24%, número superior à média latina (de 21%) e à média global (de 22%). A expectativa de vida de um brasileiro ao nascer foi aumentada em 9,4 anos. Nesse mesmo período, a renda média da população cresceu 39,5%.

Mas nem todas as novidades do relatório são positivas. Segundo o PNUD, o acesso a estruturas de ciência, tecnologia e à inovação são novos focos de desigualdade social. A desigualdade de gênero também representa um obstáculo para as políticas públicas. O relatório cita ainda mudanças climáticas como possíveis causas de desigualdades sociais. “A primeira mensagem-chave deste relatório é que ele fala sobre desigualdades emergentes e aspirações de pessoas que esperam viver vidas dignas no século 21. Isso se reflete no que estamos chamando de ‘nova geração de desigualdades’. O relatório revela o progresso que houve em muitas dimensões, principalmente nas conquistas básicas [de direitos]. Temos fazer uma busca profunda sobre a nossa economia, nossa sociedade, e nas nossas políticas para descobrirmos as origens dessas novas desigualdades”, revelou o economista português Pedro Conceição.

Ainda há espaço para um crescimento significativo do Brasil. Mas ainda que o IDH dispare nos próximos anos, possivelmente não teremos resolvido as “desigualdades arraigadas”, como aponta Betina Ferraz Barbosa, coordenadora que apresentou o relatório. “O Brasil já é bem classificado, e pode caminhar para um outro nível. Mas resolvemos o problema? Não. Apenas aumentamos o que está na pequena cesta de desenvolvimento que forma o índice. Esse é o ponto [da nova metodologia]”, explicou.

Mas a realidade do Brasil está distante da categoria de países que tem o IDH exemplar. Eles são considerados países de Desenvolvimento Humano Muito Alto, de acordo com o caderno. O Brasil é citado no estudo como o país que mais perde posições no ranking, atrás apenas de Camarões. A Venezuela, que passa por profunda crise política e econômica, aparece em 96º.

O que é IDH

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma forma de comparar a qualidade de vida em diferentes países. O índice é medido em uma escala de 0 a 1 nos quesitos saúde (expectativa média de vida), conhecimento (média dos anos de estudo) e renda bruta per capta.

O Brasil obteve índice 0,761 no IDH. Noruega (0,954), Suíça (0,946) e Irlanda (0,942) são os três melhores do mundo. Quando a expectativa de vida, o Brasil tem 75,7 anos, enquanto Noruega (82,3), Suíça (83,6) e Irlanda (82,1).

Quanto a renda, no Brasil é de U$ 14,068, Noruega (68,059), Suíça (59,375) e Irlanda (55,660).

 

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