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O Banco do Brasil devolveu cerca de R$ 100 mil aos herdeiros do casal de idosos, cujo processo de inventário deu origem a um inquérito policial, instaurado pela Polícia Civil de Lins a pedido do Ministério Público em 10 de junho do ano passado para apurar suposto crime de estelionato envolvendo a funcionária do BB, Aparecida de Fátima Domingues Ottênio, que também é vereadora. O Debate apurou, ainda, que a instituição financeira teria ingressado com uma ação na Justiça do Trabalho contra a funcionária.
De acordo com documentos constantes do processo de inventário divulgados na internet e reproduzidos pela imprensa, a movimentação envolveria valores da ordem de R$ 250 mil.
O delegado Marcelo César Muniz, assistente da Delegacia Seccional de Lins, que é o responsável pela investigação, ainda não concluiu o relatório que será enviado ao Ministério Público, autor do pedido de investigação.
A última pessoa ouvida no inquérito, conduzido pela Delegacia Seccional por envolver pessoa detentora de cargo eletivo, foi justamente a funcionária do BB e vereadora, Aparecida de Fátima.
Entenda o caso
O pedido de investigação foi apresentado nos autos do processo de inventário de um casal de idosos. O homem morreu em 13 de julho de 2018, aos 91 anos. A esposa faleceu em abril de 2019, aos 87 anos, em uma clínica geriátrica de Lins.
Durante o levantamento de valores em contas bancárias mantidas pelo casal no Banco do Brasil, solicitado à Justiça pela proprietária da clínica que tentava receber os custos decorrentes da internação, foram constatadas movimentações financeiras suspeitas. As transações, que ocorreram entre os anos de 2016 e 2018, envolvem várias transferências bancárias e pagamentos de diversas faturas de cartões de crédito. Levantamento do Ministério Público verificou que muitas movimentações foram realizadas por meio de aplicativo de celular.
Carta aberta
Quando o caso veio à tona em junho do ano passado, a vereadora Fátima emitiu uma carta aberta à população negando ter cometido qualquer irregularidade. “Todos os fatos lançados contra a sua moral serão devidamente esclarecidos em local apropriado, a Justiça, oportunidade em que demonstrará sua total e inabalável inocência”, diz o texto assinado pelo advogado Celso Modonesi.