Diz o velho ditado popular que ¨não adianta tentar tapar o sol com a peneira¨. A verdade é que ninguém aguenta mais essa tal quarentena-flex a que estamos sendo submetidos. É um tal de abre e fecha o comércio ao sabor dos índices de infestação do coronavírus. Criaram sugestivas zonas coloridas que disciplinam o comportamento do cidadão que, se não bastasse seu real temor para com a covid-19, agora também tem que se preocupar com as faixas vermelha, laranja e amarela que, de maneira categórica e impositiva fecham ou abrem o comércio, cerceiam o livre trânsito pela cidade e confinam as pessoas em suas casas sob o argumento de com isso se possa evitar mais rapidamente o contágio do maléfico, temido e incontrolável vírus. Tais medidas além de gerarem insegurança e incerteza  levam à  diminuição drástica da atividade comercial e também à triste constatação de que a ciência até hoje se mostrou incapaz de responder ao ataque de tão devastador vírus. Acenam-se para várias eventuais e eficazes vacinas nos próximos meses, mas até lá vamos continuar nessa inhanha do abre e fecha? A atividade econômica estável já foi para o beleléu, o desemprego se instalou e a auto estima das pessoas se abateu significativamente.

O povo já não aguenta mais tal situação ao ver e sentir nossas autoridades, tomarem atitudes que, em situações normais, feririam a própria constituição brasileira, ao cercearem o livre comércio e a liberdade de ir e vir que são assegurados a cada um dos brasileiros. Reconhece-se que nossos dirigentes tomam essas atitudes repressivas à contragosto para atender a uma situação que é sem dúvida emergencial, mas que se arrasta por muito tempo levando ao desânimo e até à revolta.

            A falta da atividade econômica regular e o consequente desemprego ameaçam a oferta de alimentos na mesa de muitos e, como diz outro velho ditado popular, em casa em que falta pão todos gritam sem razão. Oxalá a ciência nos dê uma resposta rápida que nos tire deste estado de total submissão ao coronavírus. Até lá, muita paciência e orações ...

 

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