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Cilmar Machado

O GOLPE DO ÁRABE APAIXONADO...

no dia 10 de novembro de 2020 às 09:10

            Nesta semana que antecede as eleições, já com seus candidatos escolhidos, o eleitor quer mais é relaxar. Foi à procura disso que zapiei aleatoriamente na net e me detive num artigo no Blog Mulherão, dado seu inusitado título: Como caí no conto do árabe apaixonado! Sua autora começa dizendo que tem verdadeira ojeriza pelos árabes na internet. E justifica: ¨Não sou xenófoba, pois tem uma explicação. Lá no Oriente as mulheres não se expõem tanto quanto nós, na internet. Então, os árabes entram no Facebook ou no Instagram e ao se depararem com nossas curvas avantajadas e em trajes mínimos, se sentem em um oásis.¨. Alegando nunca ter retribuído às investidas dos tarados da Arábias, inexplicavelmente, a escritora viu-se rendida à beleza de um belo exemplar mouro: “Alto, moreno, com uma linda barba (já imaginei logo as coceguinhas que ela faria em meu cangote). Um olhar de mistério! Nossa, que homem! Curti e fui retribuída com um match.”

            O sírio supereducado, disse que estava no Brasil há quase um ano, pois havia fugido da guerra indo trabalhar no Catar, mas que visitava a família na Síria, de vez em quando. Numa dessas visitas foi preso sofrendo inúmeras humilhações o que o fez refugiar-se no Brasil. A moça, enternecida, logo foi tomada pela síndrome de “Bibi Perigosa” e quis saber mais sobre o assunto. Fingiu que acreditou em tudo e viu-se apaixonada por aquele homem “inteligentíssimo, bem-humorado e com uma perseverança sem limites”. Perguntou-lhe se era casado e ele respondeu que era separado e que possuía dois filhos. Daí para o encontro dos dois foi um pulo. “Um dia, tomei coragem e fui até a casa dele. Na minha cabeça seria um encontro e nada mais, como muitos outros que tive com outros homens”, pensou a autora.

            Foi recebida no portão. O árabe estava lindo! “Um homão da porra, alto, forte, mas forte de verdade, não esses bombados de academia, sabe? E que sorriso!”.  Quando ele a abraçou, sentiu o coração pular, chegando a pensar que iria infartar. “E como iria explicar ao meu pai que matei um árabe infartado?”. Foram  jantar. Comida simples e maravilhosa. A química rolou solta e a moça preferiu não entrar em detalhes, mas resumir em uma palavra o ocorrido: “foi o melhor e mais intenso encontro da minha vida. Eu me senti, naquele momento, literalmente “fazendo amor”. E quando dei por mim, estava perdidamente apaixonada por aquele homem!”

            Os dias seguintes foram de puro êxtase para a apaixonada escritora. Trocavam ideias e impressões pelo Facebook. E foi através dele, que a desilusão chegou! Ela leu o seu árabe querido fazendo uma declaração de amor para a mãe dos filhos dele: “Foi uma facada no peito. Ele havia mentido e eu havia fingido que acreditava, mas não havia mais como tapar o sol com a peneira. Postou que seria a amante dele e retruquei que se fosse para ser amante, o seria de um homem rico. “E deu-lhe um ultimato: se estivesse casado, nada feito. Adeus, amor!”

            A autora sofreu muito, mas agora diz estar melhor e livre para conhecer seu próximo namorado: “E que ele tenha os mesmos “atributos”, o mesmo sorriso, mas que venha acompanhado de um bom caráter e que seja solteiro”, são seus desejos por ora.

 

cilmarmachado@yahoo.com.br

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