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Cilmar Machado

RECORDAÇÕES ...

Cilmar Machado no dia 29 de dezembro de 2020 às 09:23

Não sei se por influência dos bons fluidos do Natal, nestes dias que antecedem a passagem de ano, uma onda saudosista a todos invade de forma suave e avassaladora. Não me considero exceção e também embarco na doce busca do passado. Procuro não me prender a fatos e observações vividos tão somente por mim o que me tornaria chato e egocêntrico. Prefiro recordar o que de mais importante aconteceu às gerações dos setentões e oitentões que, como eu, também viveram a época dos Beatles e dos Rolling Stones. Fatos e canções tomam conta de minha alma, mas a dificuldade em expressá-los fidedignamente trava minha pena. Faltam-me palavras precisas para bem retratar algumas décadas por mim acompanhadas. Eis que, como verdadeiro presente de fim de ano, recebo do meu ¨cumpadi¨ José Ricardo Zani – escritor e dos bons, em Brasília – um texto maravilhoso, que bem exprime o que minha geração viveu. Sem mais milongas e delongas, vamos a ele:

 

Sou uma geração raiz,

Baby, broomers, assim se diz,

Saí do tempo pós-guerra

Para o mundo digital.

Do tempo da chaminé

Para a era do pré-sal.

Enfrentei sermões sem fim,

Quando a missa era em latim.

Aplaudi o cinemascope

E troquei por Netflix.

Guiei carro de três marchas

E cheguei no paddle shift.

Só eu sei quanto rodei

Da Barsa até o Google Play.

Sou safra de um tempo duro,

Berço de vencedores.

No trampo fui prematuro,

Sem disso guardar rancores.

Se cruzei da Guerra Fria

Para o front da pandemia,

Ainda que seja alvo,

Hei de sair, são e salvo.

 

cilmarmachado@yahoo.com.br

 

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