publicidade

Geral

‘A Horta’ completa 50 anos

Redação Debate no dia 17 de janeiro de 2019 às 16:56
Atualizada em 17 de janeiro de 2019 às 17:02
- Elisabeth em 1969 na Horta (arquivo de família)

“Dia 15 de janeiro de 1969, ELS começou com 12 meninos na idade de 11-16 anos, o projeto hoje conhecido como Comunidade Educacional para o Trabalho”.

Começa assim a carta enviada à redação do Debate por Diny (Berdina Maria Koop), irmão de Elisabeth Berdina Maria Koop, criadora da “Horta”.

Diny conta que a irmão havia trabalhado dois anos na Casa da Criança e que, “apoiada por seu tio Dom Pedro Paulo, decidiu começar uma obra para os jovens que não tinham formação e trabalho e nem uma visão de uma existência digna”. O conceito era “trabalho, aprendizagem, saúde física e alimentos saudáveis, valores fundamentais desde o início”.

Eram seis meninos e seis meninas, “no primeiro pedaço de terra onde o CEPT está localizada ainda hoje”.

“Na Holanda, muitas pessoas estavam interessadas em seu trabalho. Captação de recursos está em andamento: primeiro do dinheiro para comprar o terreno. Em 31 de janeiro de 1970, um ano após o início da atividade, o projeto ganha seu estatuto jurídico com a criação da Comunidade Educacional para o Trabalho. Dom Pedro Paulo Koop é co-fundador do CET.”

Em 1970 já havia 40 crianças. Nos anos seguintes, o número de jovens e crianças que vêm ao CET aumenta enormemente. Da Holanda mandam uma bomba d’água, são comprados pulverizador e trator, a eletricidade é instalada e uma cerca construída.  

“Quando a visitei pela primeira vez em julho de 1969, trabalhei com ELS e os meninos com ferramentas simples no terreno acidentado da periferia da cidade. Cheios de orgulho e prazer, os primeiros resultados foram mostrados: leitos vegetais com alface e repolho no meio de um pedaço de terra selvagem. 

Em julho de 1975 visitei ELS novamente. O trabalho tinha tomado um grande vulto. Que mudança. Vacas, porcos e galinhas faziam parte da propriedade. A água fora bombeada e distribuída por mangueiras. O casal Kawagoe viveu no terreno e ajudou com a horticultura e cuidou das refeições. Elza Franco também ajudou nas atividades. Depois disso, o projeto desenvolveu-se continuamente, adaptado ao tempo e às circunstâncias.

15 de janeiro de 1969 -- o primeiro dia, quando uma jovem de 22 anos, mulher socialmente movida, coloca a primeira pá no chão e, assim, inicia um projeto para as muitas crianças a quem ela queria oferecer uma existência digna.

Parabéns!”

 

 

© Copyright 2024 - Jornal Debate