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O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Lins (ACEL), Hélio Ruiz, promoveu ontem pela manhã, no auditório da instituição, uma reunião com comerciantes, o secretário municipal de segurança e defesa social, Thiago Arioli, e o diretor de posturas, Bruno Mendonça, para discutir medidas que minimizem a presença de moradores de rua.
As reclamações são constantes, em razão de problemas que eles causam devido ao envolvimento com crimes patrimoniais, consumo de entorpecentes, alcoolismo e perturbação. Muitos deles têm problemas psíquicos. Há casos de importunação, coação ao pedir esmola ou comida, além de questões relacionadas à saúde pública.
O secretário Thiago Arioli explicou a complexidade de lidar com essa população, cuja maioria não aceita deixar as ruas, e detalhou as normas legais que precisam ser respeitadas. Ele argumentou que toda vez que é feita uma operação de abordagem a grupos de moradores de rua, a Prefeitura é denunciada por algum cidadão ao Ministério Público e precisa prestar esclarecimentos. Nessas operações, frequentemente são identificados autores de furtos e apreendidas armas brancas (facas).
Thiago informou que nos casos de injúria, ameaça e perturbação o reclamante precisa representar na Polícia para que o autor seja processado. E citou casos de internações e transporte de moradores de rua para suas cidades de origem.
O secretário acrescentou que a Prefeitura estava com uma campanha pronta para alertar a população a não dar esmola e nem comida aos moradores, mas precisou recuar devido à mudança na legislação.
O Lar Bom Samaritano e a Comunidade Terapêutica Emanuel oferecem refeição aos moradores de rua. A recomendação é que não se dê esmola e nem comida, em vez disso, deve-se orientar a pessoa a procurar pontos de acolhimento.
O secretário pediu aos comerciantes que acionem o 190 da PM e o 153 da GCM. Só nesses primeiros meses do ano, a GCM já fez 14 prisões em flagrante.
A presença de pedintes nos semáforos também foi tratada. Um comerciante manifestou preocupação com o risco de atropelamento na avenida Nicolau Zarvos.
O diretor de posturas, Bruno Mendonça, mencionou medidas que resultaram na demolição e lacração de imóveis abandonados que serviam de abrigo.
Cerca de 14 comerciantes participaram da reunião, além da vereadora Carolina Souto e da reportagem do jornal Debate. Hélio Ruiz disse que em breve será marcada uma nova reunião.