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Foi desesperador o incêndio ontem à tarde, na pastagem existente em propriedade rural na região dos bairros Labate e Jardim Morumbi, que atingiu praticamente toda a extensão do córrego Jacintina.
Impulsionado pelo vento, o fogo queimou uma vasta área, colocou em risco algumas casas -- chegando a destruir uma de madeira -- e atingiu quintais e muros que ficam na divisa com a área verde. Grande área de vegetação, incluindo a mata ciliar do Jacintina, foi destruída. Animais morreram vitimados pelo incêncio.
Uma verdadeira força tarefa foi mobilizada com homens do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e brigadas da Usina Lins, Sabesp, Prefeitura e outras empresas. Além dos caminhões-pipa, um avião sobrevoou o local jogando água.
Moradores usaram mangueiras e baldes para combater o fogo, que se aproximava de suas casas. Uma nuvem preta de fumaça tóxica e fuligem cobriu os bairros próximos. Respirar era quase impossível, principalmente quando o vento mudava de direção e empurrava o fogo para onde estavam as pessoas.
O fogo chegou a “pular” para um terreno no Jardim Morumbi e os moradores usaram mangueira para apagá-lo. As chamas chegaram até a guia da avenida Joaquim Mauro Prado Negreiros, que margeia o Jacintina, e atingiram a rede elétrica -- um poste e o transformador foram danificados deixando parte do bairro sem energia.
Algumas empresas da redondeza, entre as quais a Concilig, dispensaram seus funcionários.
Queimadas nessa região são comuns, mas os moradores comentaram com a reportagem que nessa dimensão havia muito tempo que não ocorria. Às 19 horas a energia foi reestabelecida.
Enquanto o entorno do córrego Jacintina ardia, outros dois pontos da cidade também sofriam com incêndios: no bairro Santana e na região da Vila Militar.