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Quadrilha especializada em ‘golpe do falso frete’ e lavagem de dinheiro é alvo de operação em SP

no dia 28 de novembro de 2024 às 12:16
Atualizada em 28 de novembro de 2024 às 12:28
- A investigação se iniciou em junho do ano passado em Iepê. Foto: SSP/Governo de SP

A Polícia Civil cumpriu 35 mandados de busca e apreensão e 11 de prisão contra uma quadrilha especializada no “golpe do falso frete” e lavagem de dinheiro, na terça-feira, 26. A operação contou com pelo menos 150 policiais, que estão empenhados no cumprimento das ordens judiciais nos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná.

Entre os investigados estão duas advogadas que moram em Assis e são suspeitas de integrarem a organização criminosa, colaborando principalmente com a lavagem de dinheiro.

Os investigadores descobriram que a quadrilha cadastrava motoristas e caminhões em uma plataforma online de frete e, em posse da carga, geralmente de grãos, simulavam que os veículos, juntamente com as mercadorias, tinham sido roubados. Posteriormente, os envolvidos apresentavam um boletim de ocorrência falso às vítimas e encaminhavam as cargas para empresas receptadoras.

A investigação se iniciou em junho do ano passado em Iepê, também no interior de São Paulo, quando dois motoristas foram contratados por uma empresa local para levar uma carga de 38 toneladas de soja até a cidade de Osvaldo Cruz, mas o produto não chegou ao destino.

Além desse caso, o bando realizou outras duas subtrações na mesma cidade em 2023, e mais uma em 2013, quando desviou mais de 40 cargas de grãos, que gerou um prejuízo estimado em R$ 10 milhões às vítimas, conforme apontam as investigações.

Os policiais ainda descobriram que a quadrilha contava com pelo menos dez motoristas, que utilizavam os veículos dos líderes do esquema criminoso, que eram os responsáveis pelos falsos fretes e pelos lucros obtidos com a ação.

 

No total, 19 pessoas foram identificadas e agora respondem criminalmente por furto qualificado pela fraude, uso de documento falso, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Além desses envolvidos, quatro empresas de grãos localizadas em São Paulo, também são alvos de busca e apreensão por suspeita de receptação dessas cargas.

As cidades de Assis e Iepê são os pontos principais da operação, mas outros mandados também são cumpridos na capital paulista, Santo André, Nantes, Cruzália, Araras, Cândido Mota, Borborema, Itapetininga, Macaraí, Guaíra e Santópolis do Aguapeí, todos no estado de São Paulo.

Essa é a segunda fase da Operação Falsus. A primeira foi desencadeada em março deste ano e resultou na condenação de seis pessoas em primeira instância pela Justiça paulista.

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