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Cilmar Machado

INTERNET VERSUS RÁDIO...

no dia 06 de novembro de 2018 às 09:23
Atualizada em 06 de novembro de 2018 às 09:54
- O radialista Cilmar Machado escreve toda terça-feira para o jornal Debate

Ontem, dia 5 de Novembro, os radialistas linenses estiveram reunidos no Encontro anual que lhes é proporcionado pela Câmara Municipal, através de lei sugerida pelo vereador e também radialista Macalé, sendo aprovada por unanimidade desde o ano passado. Como não poderia deixar de ser, a informalidade e a camaradagem imperaram proporcionando a todos um clima de congraçamento sincero e amistoso sem deixar de lado a natural preocupação com o futuro do rádio pós advento da internet. A moderna tecnologia, pela sua informalidade, praticidade e rapidez, sem dúvida roubou uma larga fatia dos até então ouvintes, notadamente das faixas etárias mais jovens, que com seus celulares e outras opções eletrônicas, comandam e programam o que querem e gostam de ouvir. Seria isso o proclamado fim do rádio? Sim e não. Sim, se as velhas formas de programação radiofônica não passarem por uma drástica mudança. Não, se locutores e programadores mostrarem-se mais criativos e carismáticos, incorporando a linguagem e o interesse do internauta e ouvinte à programação da rádio. Ainda é válido o velho ditado popular que diz: se o inimigo é maior que você, incorpore-se a ele. A fusão da internet com o rádio é a solução. Uma programação leve, atraente, rápida e dinâmica é a fórmula para a aquisição e mesmo para o retorno de incontável número de ouvintes de todas as idades.

            Outro fenômeno que se observa na atualidade e que determina o crescimento e mesmo a sobrevivência do rádio é a necessidade da chamada setorização. Sem ela, dificilmente o rádio vingará. É preciso definir-se o público a quem a programação da emissora irá se dirigir e permanecer fiel a ele. A quem a programação de nossa rádio será dirigida deverá ser a principal preocupação de um programador. Em outras palavras, é preciso que a emissora seja a ¨cara¨ de quem a ouve. Quem deseja abranger todas as camadas sociais numa única programação, sentirá em pouco tempo que é o mesmo que tentar abraçar o mundo com as próprias pernas.

            No interior, onde vivemos, nas cidades pequenas e médias, a programação que maior sucesso tem é a que abraça a cidade, seus problemas, conquistas e sonhos. Quanto mais próximo do dia-a-dia da população, tanto mais ouvintes se terá. A mesma velha e bem sucedida fórmula funciona eficazmente para as rádios que optarem por outras camadas de público. O importante é identificar-se e falar o que interessa ao público a quem se optou servir. O assunto é vasto e polêmico podendo gerar muitas horas de prazerosas discussões às quais jamais me furtei.

            Peço desculpas aos nossos leitores se o assunto de hoje foi específico para a classe dos radialistas linenses, mas não poderia deixar de escrevê-lo após tão calorosa recepção junto aos colegas de lutas e conquistas. Aos colegas de microfone, minha saudação cordial e amiga.

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