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Quem foi que disse que jovem não sente saudade? Sente, sim! Embora ainda construa as lembranças que irá curtir apenas com o passar de muitos anos, há certas recordações que são comuns a todas as idades e em todos os tempos. São as que representam a nossa liberdade de viver.
Quem é que, nestes tempos restritivos, devido ao coronavírus, já não sentiu saudades de, à exemplo de Caetano Velos, sair às ruas ¨sem lenço, nem documento¨ , curtindo o ar puro de uma manhã radiosa, convidativa e feliz?
Quem é que não sente saudade em mostrar sem temor seu rosto, expressões e sorrisos de forma completa, límpida e natural? E de também curti-las em um outro alguém. A necessidade de usarmos máscaras nos tirou tudo isso. Um amigo bastante otimista comentou que além de proteger, elas deixam todas as pessoas bonitas, pois cobrem a maior parte de seus rostos. Outro amigo, mais inconformado e pessimista, acha que quem usa máscaras é bandido, como acontecia nos filmes de faroeste que assistia em sua infância.
Quem é que não sente saudade em ir aos estádios de futebol, vibrar nas arquibancadas, torcer pelo seu time favorito, curtir aqueles momentos de distração e descanso?
Quem é que não sente saudade do encontro com os amigos para um jogo de truco ou para saborear um delicioso churrasquinho?
Quem é que não sente saudade dos encontros dançantes, da curtição nas lanchonetes e barzinhos da cidade, do doce convívio com a patota amiga?
São tantas as doces recordações a que estamos sujeitos nestes tempos restritivos e bicudos do corona-19, que constantemente nos vem à mente a famosa frase dos tempos do Sarney: ¨eu era feliz e não sabia.¨
cilmarmachado@yahoo.com.br