A famosa afirmativa de Lavoisier: "nada se perde, nada se cria, tudo se transforma", dita há 209 anos, permanece real, vigente e inalterada até hoje. Também conhecida como maledicência, a fofoca realmente evoluiu até os nossos dias estando agora revestida pela pomposa designação de Fake News. Tornou-se mais sutil e engenhosa e ganhou amplo espaço na internet, onde navega soberana. Não passa um dia sequer sem que o internauta não seja torpedeado por ela. Assumiu tal proporção malévola e destrutiva que o Papa Francisco chegou a condená-la veementemente em recente pronunciamento. O governo brasileiro lançou vigorosa campanha, que continua sendo exibida na televisão, no sentido de alertar a população sobre os nefastos efeitos da Fake News na vida das pessoas e da nação.

            Uma dessas fofocas eletrônicas que mexe com a saúde do povo é a que concita o cidadão a não se vacinar contra quaisquer doenças, por serem as vacinas uma forma de dominação das grandes potências sobre as demais nações mundiais. Elas provocariam uma queda na saúde do povo podendo levá-lo ao desânimo, à indolência, ao declínio e até à morte. Essa afirmativa, arquitetada por alguma mente doentia, está sendo incrivelmente aceita por grande parte de pessoas dos mais diversos níveis sociais.  Será que teremos que inventar uma vacina contra tão perniciosa Fake News?

O combate à ignorância seria um bom começo. A ciência não tem ideologia ou pátria. Seu compromisso é com a descoberta de soluções para graves problemas. Não confiar nas vacinas contra a covid-19, que estão por serem aprovadas e disponibilizadas a todos os povos, é render-se à desinformação e ao preconceito. O ideal seria informar-se melhor sobre as diferentes vacinas que estarão disponíveis, após a devida aprovação da respeitada Organização Mundial de Saúde (OMS). Seria também uma grande ajuda a não propagação das Fake News do mal, que merecem tão somente a lixeira de nossos computadores e celulares.

 

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