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Não sou muito de sair, mas ante o apelo de meus familiares , noite dessas fui à Praça Coronel Piza, maravilhosamente enfeitada para o Natal. No coreto maior, a representação do nascimento do Menino Deus. Uma atenta e seleta plateia, principalmente de crianças com seus pais e avós, contemplava as diferentes e gigantescas figuras que compunham o quadro natalino.
Todos observavam a representação do nascimento do Menino Jesus na manjedoura de Belém. Crianças e adultos usavam máscaras como proteção ao coronavírus.
Ouço um singelo diálogo:
- Posso tirar a máscara, vovô?
- Mas, por quê?
- Por respeito ao Menino Jesus, vovô. Ele merece, pois é o filho de Deus!
- Deixe de tolices, menina. Jesus não liga pra isso. Não tire a máscara, concluiu o ancião.
Esse diálogo fez-me pensar em algo que a menina talvez venha também a meditar no futuro, quando em sua idade adulta: de fato, o uso de máscaras físicas em nada ofendem a Deus, ao contrário, demonstram nossa preocupação com a preservação da vida. O que o magoa são as inúmeras ¨máscaras¨ que o mal implantou nos corações dos humanos. São as máscaras da inveja, da maledicência, do ciúme, da ganância, do orgulho, da avareza, da gula e tantas outras mais. Seu uso não serve para combater nenhum mal, ao contrário, o atrai muito mais e nos afasta de Deus.
Que neste Natal continuemos usando a máscara física contra a Covid-19, mas não nos esqueçamos de pedir forças ao Menino Jesus para que consigamos nos desvencilhar das máscaras do mal que são a raiz de toda nossa infelicidade.
cilmarmachado@yahoo.com.br