Embora aparentemente calma e rotineira, a semana passada foi bastante agitada em seus bastidores. A começar pelo imbróglio da volta às aulas. Dória havia determinado o retorno controlado (70% de presença) nas escolas estaduais, a partir do próximo dia 8, com a opção dos pais em mandarem ou não seus filhos à escola durante a fase vermelha. Caberia aos prefeitos a determinação do reinício das aulas nas escolas particulares em seus municípios. Nesse ínterim, houve imediato acatamento a uma liminar - ao que consta movida por uma entidade representativa dos professores - proibindo de forma categórica o retorno às aulas até que se realizasse a vacinação em massa da população. Tal instrumento jurídico foi derrubado pelo Tribunal de Justiça paulista e tudo voltou a ser como dantes. Incerteza e insegurança se instalaram na cabeça dos pais que já vinham observando uma queda no aprendizado de seus filhos desde o ano passado, o fatídico 2020 da covid-19. Será que agora vai mesmo haver aula? Poderá surgir outro impasse jurídico para melar a decisão do governo estadual? E a covid? O contato escolar, embora com todas as precauções seguidas, poderá levar as crianças a transmitirem o vírus aos seus familiares, especialmente os do chamado grupo de risco? São dúvidas que somente o tempo trará uma resposta.

            A semana que se findou também foi marcada pela interveniência do governo estadual e do Ministério Público local quanto ao decreto de flexibilização, editado por Pandolfi, que tentou ¨abrandar as medidas restritivas do Plano São Paulo face a fase vermelha, iniciada dia 25 último. O prefeito tentou ¨buscar meios para que as lojas não ficassem totalmente fechadas, podendo manter meia porta aberta e realizar o atendimento ao cliente que fica na calçada.¨ Pandolfi acredita que ¨se fecharem (as lojas) de vez, o comércio irá quebrar.¨ Dizendo-se preocupado com a vida dos cidadãos, Dória mostra-se inflexível quanto ao perfeito atendimento ao Plano São Paulo. A paralisia financeira e o consequente desemprego, pelo visto, para ele estão em segundo plano. Tempos difíceis os que estamos vivendo. É necessário serem seguidas as medidas preventivas ao covid, mas com bom-senso e equilíbrio.

            Enfim, essa foi a atribulada última semana de janeiro. Que venha o novo mês, com menos problemas.

 

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