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O coordenador do Procon de Lins, Thiago Ferreira Marcheti, apresentou à imprensa na tarde de quinta-feira um balanço da Operação ‘De Olho na Bomba’, realizada em Lins nos dias 16, 17 e 18. Na edição de quinta-feira, o Debate adiantou algumas informações, principalmente em relação à apreensão de controles remotos (podem ser usados para distorcer as bombas) em um posto na esquina das ruas Sete de Setembro com Rio Branco.
Thiago informou que desde o início da nova gestão do Procon, a partir do dia 4 de janeiro, passou a receber inúmeras denúncias por parte de consumidores apontando a existência de um alinhamento de preço, gerando, assim, um valor do combustível acima do que é encontrado em cidades que ficam no entorno de Lins, como São José do Rio Preto, Marília e Bauru. O prefeito João Pandolfi também recebeu denúncias com a mesma temática e determinou que o Procon organizasse a operação.
Desde então, o Procon local encaminhou as denúncias à Fundação Estadual do Procon e ao Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (CADE), a quem cabe fiscalizar suspeitas de cartel. As denúncias também foram enviadas à Agência Nacional do Petróleo (ANP), mas a ANP informou que as questões relacionadas ao preço são de competência do CADE. Como as condutas apontadas nas denúncias envolviam supostas práticas criminosas, a Polícia Civil também foi acionada.
Thiago informou que todos os 29 postos do município foram fiscalizados e que em 23 deles houve autuações. Também teve notificação para a correção de problemas operacionais.
Segundo o coordenador, em mais de um posto verificou-se suspeita de fraude na bomba, ou seja, coloca-se menos combustível no taque do veículo do que foi pago pelo cliente. Thiago disse que não podia revelar os nomes dos estabelecimentos multados e nem os valores das multas aplicadas. Em alguns estabelecimentos foram encontrados produtos vencidos.
O prefeito João Pandolfi informou que a suspeita de alinhamento de preços está sendo investigado pela Polícia Civil por meio de inquérito. “Foi uma ótima operação, uma resposta nossa às cobranças da população sobre o alinhamento de preços. Os comerciantes, de modo geral, falam que é o mesmo preço porque recebem praticamente na mesma margem para trabalhar, recebem da mesma distribuidora e os valores são parecidos. Mas, enfim, se tem alguma coisa errada, tem que apurar. Se não comprovar nada, tranquilo. Quem não deve não teme. Eu tenho falado com vários donos de postos, se não deve nada, não tem que temer. Se tiver, vai ser averiguado e responsabilizado. É simples assim”, ressaltou.